Amanhece um novo dia, Callila
levanta-se rapidamente, quer rever seus amigos, quer estar com eles mais que
nunca; Arthur continua determinado a se tornar muito mais próximo de Callila,
antes de Jaymes, pois ele não pode permitir que ela corra perigo.
Mais tarde lá estava Callila, conversando e
sorrindo com seus novos amigos. Arthur tentou-se aproximar dela, o que a
surpreendeu, Jaymes teve que hesitar já que Arthur não saia do lado dela.
Callila e Arthur foram caminhar sozinhos nas redondezas da floresta,
conversaram sobre diversos assuntos, correram e se divertiram como nunca,
Callila estava muito feliz.
Callila sempre foi uma menina muito tímida e
tinha grande dificuldade em fazer amigos, ela nunca soube o que é poder confiar
realmente em alguém que não fosse seu pai, nunca esteve com uma pessoa que
realmente quisesse estar ao seu lado, todos sempre eram obrigados, o fato de
ela ser uma princesa sempre a incomodou, pensava que todos a odiavam e estavam
ali por que lhes era conveniente. Mas ela podia ver que agora tinha pessoas a
quem confiar e sentia que isto duraria um bom tempo.
O pouco tempo que Callila e Arthur passaram
juntos parece ter sido o suficiente para brotar um forte sentimento entre eles.
Arthur não disse nada a Callila, ela nunca
acreditaria nele e o acharia louco. Mais tarde, quase anoitecendo Callila
seguiu sozinha para o castelo, o caminho era muito longo e estava tarde, então
resolveu passar por um atalho cortando a floresta, seguiu na floresta escura
sozinha e com muito medo, andou, andou, andou e acabou encontrando Moor no meio
da Floresta, Moor então disse:
___ Quem és tu nobre menina?
___ Meu nome é Callila, sou a
princesa, filha do rei Ermyes. E tu! Quem és?
___ Meu nome é Moor, mudei-me
para esta redondeza faz pouco tempo, não lembras da minha chegada?
___ Sim. Eu lembro, todos
esperaram sua chegada, todos achavam que era uma bruxa.
___ Achas que sou uma bruxa,
Callila?
___ Não. Nem eu nem meus
amigos achamos isto, uma mulher angelical como você não pode ser uma bruxa horrenda.
___ Humm! Para uma garotinha
você tem suas próprias escolhas e pensas como quer.
___ Não sou uma garotinha!
___ Desculpe-me! Não quis lhe
incomodar.
___ Não, não foi nada.
___ Mas o que uma princesa faz
no meio da floresta tão tarde da noite?
___ Estava com meus amigos, a
hora passou muito rapidamente e não tive escolhas, buscar um atalho era a única
solução, pela floresta chegaria mais cedo ao castelo.
___ Entendo! Seu pai não se
agradaria se chegaste muito tarde. Mas agora corres perigo na floresta a este
horário, terei que lhe levar em casa.
___ Não acho que corro tanto
perigo, tu és uma mulher e andas na floresta a esta hora.
___ Sempre andei sozinha e
nunca precisei de nenhum homem para me proteger, mas você não deixa de ser uma
criança indefesa mesmo que digas que não.
___ Como queiras Moor, meu
pai ficara insatisfeito comigo, mas com vibrara com sua chegada.
___ E porque vibraria?
___ Ele sempre lhe achou uma
mulher misteriosa, sempre quis lhe conhecer e esta será a oportunidade.
___ Pois então irei ler-lhe
para casa com muito alegria, agora sei que sou desejada no castelo e sinto que
uma amizade forte cresce entre nós Callila.
___ Sim.
Terminando assim uma longa conversa entre
Callila e Moor, que parecia terem se tornados grandes amigas, uma amizade que
pode gerar conseqüências nada boas para Callila e seu pai. Moor finalmente
realizara parte de seu desejo.
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