Tenebris: Land Doomed / Capítulo IX Fire Of Passion

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   Após algum tempo o banquete estava pronto, aparentava estar muito delicioso, cheio de variedades. Callila desce as escadas com trajes típicos de uma princesa, um vestido longo e cheio de rendas, parecia um anjo de tão bela; logo depois quem desce as escadas é Moor, linda, divina; com trajes dignos de uma rainha, todos ficaram sem fala, principalmente o rei, ninguém havia visto Moor tão linda, ela, que sempre vestia trajes de camponesa, agora parecia da realeza.

O rei tratou rapidamente de ser gentil e ajudar Moor a sentar-se. Passado algum tempo terminaram de jantar, Callila subiu para seus aposentos, já o rei e Moor decidiram caminhar pelo belo e imenso jardim do castelo, conversaram muito, o rei pôde descobrir mais sobre a moça, seus gostos, desejos e seus sonhos, mas ela, sendo muito esperta, não revelou nada que a comprometesse; passado horas de longa e intensa conversa, o rei achava que sabia tudo sobre Moor, para ele, ela parecia ser uma pessoa meiga e gentil, a moça perfeita para ser a nova rainha e madrasta de Callila.

   Começa a acontecer algo entre os dois, o rei tenta aproximar-se mais de Moor, acaricia seu rosto e depois os dois se beijam com muita intensidade, pareciam um casal de apaixonados, o calor se estendia pelos seus corpos, ambos não conseguiam se separar, mas quando algo a mais começa a acontecer Moor afasta o rei e então foge, entra em seu quarto e fica ofegante, sem saber o que fazer. Ermyes então corre atrás de Moor e bate à sua porta, pede-lhe que a abra;

___Abra a porta! Tu sabes que jamais seria capas de fazer-lhe qualquer mau, o homem revelado durante nossa conversa é este mesmo que bate à sua porta, um homem incapaz de fazer qualquer mau a uma mulher tão bela e gentil, um homem repleto de amor e sentimentos para dar-te.

___Sim! Eu sei que jamais me faria mau algum, sei que não mentis-te para mim em nenhum momento e que deseja apenas me amar, não duvido de ti, apenas não consigo entregar-me para homem nenhum, tenho medo de sofrer, de arrepender-me, já passei por muitos sofrimentos que me fazem reprovar qualquer intimidade com homens.

___Abra-te esta porta e farei que ti perda este medo e esta insegurança.

___Não! Não posso.

___Moor! Não duvides do meu amor, da minha paixão, sei que sentistes algo com o meu beijo.

   Moor neste momento então abre a porta e beija Ermyes com todo o fogo que antes interrompera, os dois então começam a trocar caricias, tiram suas vestes e deitam-se na cama, trocam beijos e tornam-se um só, amam-se como se nada fosse mais importante no mundo, este amor repleto de paixão, refletia um forte calor que esquentava seus sangues; e então entre trocas de caricias e muita paixão os dois adormecem um abraçando o outro.

   No dia seguinte porém, ao acordar Ermyes nota que Moor já não esta ao seu lado, corre e desce rapidamente as escadas, encontra Callila em frente ao seu café da manhã, pergunta-lhe onde esta Moor:

___Onde estas Moor, não a vistes ir embora?

___Não! Levantei-me e ainda não a vi, pensei que ainda estava  em seus aposentos.

___Não! Ela não está e eu não a vi sair.

   O rei então chama os seus servos e pergunta-lhes se a viram sair, apenas um sabia o paradeiro de Moor, disse-lhe que ela havia saído ao clarear do dia e pegara um cavalo, apenas disse que o rei havia deixado-a ir.

   Ermyes então subiu as escadas rapidamente e trocou de roupas, sabia que provavelmente Moor havia voltado para casa, sabia que ela poderia ter se sentido insegura ao acordar à seu lado. O rei pegou seu cavalo branco e cavalgou em direção a floresta, logo chegou até o casarão em que Moor vivia, a chamou e ela logo saiu, ele então a abraçou, e ambos ficaram naquela posição por algum tempo sem pronunciar palavra alguma, então o rei diz:

___Não sei o que passaste durante seu passado e nem procuro saber, apenas sei que sofres e quero ajuda-la.

___Entendo, aceito sua ajuda, já não agüento mais viver sozinha em meio a tanta escuridão nesta floresta.

___”Escuridão nesta floresta”, não quer vir viver comigo e Callila no castelo?

___Não posso, não consigo me submeter a tal ato se nem ao menos nos conhecemos direito, apenas quero sua campainha e não importa o quanto insista não mudarei de idéia.

___Entendo-lhe e não pretendo insistir já que esta é sua ultima palavra, mas prometa-me que me deixará visitar-lhe frequentemente, desde que te conheci não penso mais em nada a não ser em ti, e depois de conhecer-lhe melhor não posso mais viver sem tua companhia.

___Digo-lhe o mesmo, preciso de sua companhia mais que tudo ao meu lado agora, peço-lhe que não me abandones e permito-lhe que me visite sempre.

   Os dois então entram para o casarão e ficam durante um grande tempo, o rei passa o dia todo ao lado de Moor e volta ao castelo ao entardecer.

   Passado algumas semanas o rei continua a realizar visitas rotineiras a Moor, mas nada de incomum acontecia, até o dia em que Ermyes recebe uma notícia intrigante.

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